aqueles dois entre gavetas duas gaivotas adoecidas duas paisagens cor de mel aqueles das teclas soltas no tempo confinados no tempo das camisas e gravatas endireitadas de suor sublimado do desejo de suar mais um pouquinho dois homens e vinis entre violões mudos corpos mudos borbulhantes de sublimação entre os anos de digitais e contabilidades infiéis aos números menos imaginários e naturais aqueles conjuntos vazios de poesia e de asas do poeta que fazem rastejar o que era pra ser dançado então vem o mofo das relações burocráticas e corrói aqueles dois corpos-gaivotas rastejantes de não poder voar dançar no quadrado cinza das gavetas dos arquivos públicos privados de poesia e de cor.
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