é preciso rir até o esbugalhar dos olhos que de tão aflitos se interessam mais pela crueza do grito
é preciso rir até que a boca permaneça sempre aberta para que o mundo entre e nos encontre ainda vivos]
eu preciso rir um pouco além do corpo porque não me basta mais nem as duas mãos nem o sentimento do mundo
é preciso correr até que as pernas se abram frente a qualquer abismo que apareça - sem medo - e de tão abertas possam saltar qualquer fronteira
alcançar até mesmo o mais rápido dos covardes
eu preciso correr porque as vezes dançar é poético demais e o corpo não aguenta menos barbárie
é preciso rir até que as pernas se abram com ternura arejando os órgãos mais tímidos
é preciso rir dançar correr até que os órgãos mais tímidos percam o fôlego o contorno a ciência
eu preciso rir dançar correr pra perceber que a pele é fronteira frágil e pouca - não é vidro - que o outro sempre o outro não existe só existe assim
é preciso rir até que a boca permaneça sempre aberta para que o mundo entre e nos encontre ainda vivos]
eu preciso rir um pouco além do corpo porque não me basta mais nem as duas mãos nem o sentimento do mundo
é preciso correr até que as pernas se abram frente a qualquer abismo que apareça - sem medo - e de tão abertas possam saltar qualquer fronteira
alcançar até mesmo o mais rápido dos covardes
eu preciso correr porque as vezes dançar é poético demais e o corpo não aguenta menos barbárie
é preciso rir até que as pernas se abram com ternura arejando os órgãos mais tímidos
é preciso rir dançar correr até que os órgãos mais tímidos percam o fôlego o contorno a ciência
eu preciso rir dançar correr pra perceber que a pele é fronteira frágil e pouca - não é vidro - que o outro sempre o outro não existe só existe assim
Um comentário:
sim, é sempre...
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