quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

De crescer.

Descobri que cresci quando parei de sonhar com discos voadores na minha janela.E quando não imaginava mais pra quem eu mandaria beijo no programa da Xuxa.
Também ao ver que chinelo de adulto não sobrava mais no pé, e, portanto não tinha mais graça.
Descobri que cresci, depois de conseguir terminar uma bala de Halls preto sem reclamar nadinha.
E quando me disseram que não precisava prender a respiração pra economizar ar no mundo, não faltaria.
Também, quando não tive mais assuntos pendentes com o chuveiro ciumento.
Percebi que cresci quando desisti de pintar o mundo.
E quando o giz-de-cera passou a lembrar imagens opacas e cada vez mais distantes.
Principalmente, ao explicarem que o arco-íris podia ser explicado, desmistificando a palavra fenômeno.
E ao ter o primeiro contato com a química, que sem pedir, teve a indelicadeza se de apresentar e tirar a magia das coisas-sem-magia.
Percebi, quando o instinto materno bateu na porta tão forte que ensurdeci.Mas cresci mesmo, foi quando me disseram, que amor não é de graça, é desgraça.

4 comentários:

Amanda disse...

descobri que ainda não creci quando vi que esse texto foi postado aos 22 minutos.

Anônimo disse...

personagens...

P.E. Atreides disse...

E cada dia mais eu percebo o seu futuro....muita coisa na sua mente não é?Coisas q ninguem entenderia?
Não se preocupe vc não é a única....
........Pra vc o necessário e o melhor....

Thálita Motta. disse...

Paula, coisa demais, coisas que eu doaria pra outras mentes!
E sei bem que não sou a única.

saudades.